quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O Papa petralha



O papa Francisco foi um dos principais intermediários do diálogo entre EUA e Cuba. Ele conversou com o presidente americano Barack Obama no Vaticano em março passado sobre a normalização das relações entre os dois países e ainda mandou cartas pedindo a liberação dos presos cubanos nos EUA e do americano Alan Gross em Cuba.

"Quero agradecer particularmente à Sua Santidade, o papa Francisco, por demonstrar com seu exemplo moral, a importância de se lutar por um mundo como ele deveria ser, não como ele é", disse Obama em pronunciamento nesta quarta (17).

O ditador cubano, Raúl Castro, também agradeceu "as gestões do Vaticano, especialmente do papa Francisco", em pronunciamento na TV estatal cubana.

O pontífice expressou nesta quarta-feira uma "viva satisfação" pela decisão histórica dos governos de Cuba e Estados Unidos de avançarem rumo à normalização de suas relações diplomáticas.

Segundo um comunicado da Secretaria de Estado do Vaticano, o papa elogiou a reaproximação entre os dois países, "com o objetivo de superar, em nome do interesse de seus respectivos cidadãos, as dificuldades que marcaram suas histórias recentes".

Segundo fontes da Casa Branca, as negociações começaram em junho de 2013. Foram feitas diversas reuniões entre delegações de EUA e Cuba no Canadá, e o último encontro foi no Vaticano.

Na mesma conversa da Casa Branca com jornalistas, um assessor presidencial revelou que várias medidas nos últimos anos já indicavam uma maior abertura do governo Obama em relação a Cuba, mas a prisão de Gross era um "impedimento" para maior diálogo.

A partir de sua libertação, ocorrida esta manhã, o governo americano decidiu reatar relações diplomáticas com Cuba e reabrir embaixada em Havana, na maior mudança diplomática com a ilha desde 1961.

do site "Tribuna do Norte"

http://tribunadonorte.com.br/noticia/papa-francisco-intermediou-aproximaa-a-o-entre-eua-e-cuba/301141

domingo, 2 de novembro de 2014

Mais uma agressão fascista a eleitor de Dilma




Aproveitava o sábado em Brasília, onde estou morando desde o início do ano. Estava com a família, e resolvemos dar um passeio  após o almoço. 
Quando estávamos na Esplanada dos Ministérios (ao lado do ministério do Planejamento, aproximadamente) passamos ao lado de uma manifestação Pró-Aécio, Fora PT, Fora Dilma ou qualquer outra "causa", que não me interessa saber. 
Quando estávamos ao lado do trio elétrico, já começamos a ouvir os tradicionais elogios: "ladrão, petralha, mensaleiro", e ver as diversas madames que lá também estavam, aplaudindo o escândalo bizarro. Meu carro tem adesivos da Dima e do PT.
Nosso carro foi então cercado por uma turba de vândalos que começaram a bater com bandeiras, tapas e chutes na lataria e nos vidros. Minha filha, de apenas seis anos de idade, minha esposa e sogra, que me acompanhavam, já começavam a ficar desesperadas. De repente, algo rígido foi lançado violentamente no vidro, que estourou com o impacto, estilhaçou, e cortou o braço de minha esposa.
Isso tudo acompanhado de perto por PMs, que faziam a "proteção" dos manifestantes e que, mesmo após os meus pedidos de ajuda, não só ignoraram-no solenemente, como apenas me mostraram um papelzinho dizendo que eles, os manifestantes, pediram autorização para o "evento", e que a eles, policiais, só cabia fazer a proteção. Nem ao menos falaram ao rádio sobre as características dos marginais que fizeram isso no meu veículo e, principalmente e mais revoltante, com a minha família.
Sai do local e dirigi-me à 5º DP (ao lado do Estádio Mané Garrincha), onde fiz a ocorrência. Nesse domingo, levarei meu carro para a perícia. 
Tratava-se de um evento com organizadores conhecidos que, do alto do trio, estimulavam o ódio. Por exemplo, segundo o Correio Braziliense


o candidato derrotado a deputado Matheus Sathler.
No local também havia representantes da imprensa que inclusive tiraram fotos quando o carro foi cercado e depois quando foi vandalizado. 

Não podemos deixar que isso continue assim.
Esses fascistas não passarão.

Antonio Felipe Gonçalves, usuário do Facebook, agora amigo do blog Mastrandea

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

O Coxildo



COLUNA ZERO, por Rodrigo Maldonado.

"S.O.S.

Meu nome é Coxildo. Venho por meio deste pedir ajuda aos nossos militares e aos governos dos países democráticos do Primeiro Mundo contra a ditadura comunista que se instaurou no Brasil. Viramos a Cuba do Sul!


Estamos sob um forte regime de repressão ideológica praticado pelo PT, sob a tutela de seu mentor estrangeiro, o ditador cubano Fidel Castro, que, todo mundo sabe, menos esses idiotas que não estudaram a História, matou mais que Hitler. Eu falei mal do PT ontem, hoje e falarei amanhã, em uma rede social pública, e nada me aconteceu, mas, ainda assim, tenho a forte crença e intuição (sempre fui intuitivo, sabe?) de que estou sendo vigiado e coagido. Paranoia minha? Longe disso, tenho provas.

Outro dia o Danilo Gentili (sim, aquele da TV), após falar mal da ditadora eleita pela corja nordestina (não sou preconceituoso, mas que essa raça subdesenvolvida não sabe votar é um fato) por oito minutos ininterruptos, teve o seu espetáculo de stand up interrompido por uma mulher, pasmem, QUESTIONANDO-O. Ser questionado politicamente no meio de um espetáculo humorístico sobre política? Um homem não pode mais trabalhar em paz? Isso tem nome: censura! Sim, CENSURA! O PT instaurou a censura no Brasil.

O mesmo Gentili acaba de anunciar que está oficialmente na lista negra de Lula e seus petralhas. Até hoje eu nunca tinha ouvido falar dessa lista, e não sei exatamente o que acontece com quem está nela, mas é assustador, não? E é exatamente através do medo que o PT nos coage. Você, que está lendo, está sentindo medo? Então, é o PT quem está fazendo isso com você! E sabem como eu sei? Oras, porque eu TAMBÉM sinto!

Eu tenho a firme crença, como cidadão de valores e princípios, que só vamos nos livrar dessa ditadura, de toda a repressão e censura, com uma intervenção militar. Eu não vivi, mas sei que nos tempos do Regime havia ORDEM. Na escola, criança cantava o hino (hoje todos cheiram drogas na frente do professor), hospital não tinha fila e só vagabundo apanhava. Cidadão de bem não tem que ter medo do exército, tem que ter medo é do PCC, que tomou São Paulo com a ajuda do PT, numa clara artimanha pra denegrir o PSDB. Só não vê quem não quer.

Inclusive, tudo isso que a corja de corruptos do PT diz que inventou na verdade surgiu durante o regime militar ou nas gestões do PSDB. Bolsa Família!? Tinha no regime! Criado por Ruth Cardoso, esposa do General Fernando Henrique Cardoso. Mas na época funcionava, pra ganhar Bolsa Família você tinha que trabalhar, e não se entupir de filhos. Inflação? Itamar Franco acabou com ela quando inventou o Plano Real. Na época era ele, o Covas, o Fleury e o Médici (eu gosto de usar aleatoriamente os nomes dos políticos que conheço, confesso), e vagabundo não se criava em presídio. Era uma mão firme, comandando um país forte antes do PT inventar a corrupção, a miséria e essa briga de classes que tá aí, nas ruas, com os Black Blocs (acham que eu não vi os protestos do ano passado?).

Enfim, precisamos da ajuda de todos vocês para conseguirmos, nem que seja através das armas, o impeachment da presidenta eleita pela maioria, porque essa maioria que recebe assistência do governo não conta. Além disso, as urnas estavam fraldadas. Bom, eu ainda não me decidi bem se a culpa é da burrice do brasileiro, dos nordestinos que recebem tudo de mão beijada ou de uma fraude eleitoral, mas sei que tem coisa muito esquisita aí. Ninguém que eu conheço votou na Dilma, e eu conheço bastante gente, então como ela pode ter sido eleita?

Ainda bem que ainda há veículos democráticos como a Folha, que impediu Xico Sá de declarar seu apoio a essa corja comunista.

Ainda tenho esperança. Nos ajudem. ‪#‎IntervençãoMilitarJá‬

Atenciosamente, Coxildo."

*Coxildo é um paulista ufanista, tem 24 anos e cursa Administração na FAAP. Seu porta-voz, Rodrigo Maldonado, é professor de História graduado pela Universidade Guarulhos, especialista em História da Arte pela PUC-SP e colaborador da nossa página.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Vianna: "Dilma: a vingança de Vargas contra Carlos Lacerda"

Dilma não vai meter bala no coração. Não. Dilma disparou de volta, na testa de Aécio.


Na foto dos anos 50, Aécio Neves - quando ainda se chamava Carlos Lacerda - o corvo
Se Dilma ganhar, essa eleição vai significar também a vingança de Getúlio Vargas contra  o “lacerdismo”.

Sei que o tempo presente nos chama. Mas um pouco de História vai bem. Na verdade, vou falar de um passado que é  presente…
Vocês sabem que Carlos Lacerda (foto ao lado) foi o governador do Rio (e jornalista, e dono de jornal) que fazia oposição violenta contra Getúlio Vargas e o trabalhismo – isso tudo lá nos anos 1950 e 1960.
Chamado de “O Corvo” pelos getulistas, Lacerda era bancado pelos EUA. E tinha apoio de uma classe média furiosa com os direitos trabalhistas, com a criação da Petrobrás e com a entrada em cena da “ralé” (que passava a definir eleições – votando em Vargas ou nos candidatos apoiados por ele).
Qual era o discurso de Lacerda? Vargas seria um “corrupto”, um “bandido comandando uma quadrilha”.
Isso lembra alguma coisa a vocês?
Em 1954, o cerco se apertou. A imprensa passou a falar em “Mar de Lama” no governo. Vargas foi cercado no palácio. E num gesto dramático (esse papo de que no Brasil não há conflitos,  e de que tudo se resolve “na boa”, é balela!) o presidente meteu uma bala no peito.
Ali, Vargas virou o jogo. O povão que começava a ser influenciado pela campanha midiática anti-Vargas, ficou do lado do morto.
Não preciso dizer que “O Globo” e quase toda a imprensa estavam ao lado de Lacerda contra Vargas. O povão queimou carros e gráfica da família Marinho em 1954 – pra se vingar.
Pois bem, o conservadorismo brasileiro é tão pouco criativo que nem disfarça.
Saltemos ao século XXI… Em 2006 (quando o PSDB imaginava que Lula seria derrotado fragorosamente graças ao “Mensalão”), FHC lamentava “a falta que faz um Carlos Lacerda para tocar fogo no palheiro” (leia aqui).

Na falta de um Lacerda de verdade, o PSDB terceirizou (eles são bons nisso): surgiram dezenas de lacerdinhas nos jornais, rádios, TVs e na revista da marginal. São blogueiros e jornalistas que fazem a agitação verbal para o PSDB – reproduzindo o mesmo discurso que hoje escutamos nas ruas: “o PT é uma quadrilha que precisa ser escorraçada”.
Na campanha de 2014, Aécio Neves surfa nessa onda. Aproveita também os erros do PT e – sem programa que não seja arrocho e desemprego – Aécio tenta ganhar a eleição no grito: “Fora, PT”, “abaixo a corrupção”.
No debate da Band, qual foi a grande “sacada’ de Aécio? Dizer que o Brasil vive um “Mar de Lama”.
Hehe… É a mesma palavra de ordem dos que levaram Vargas ao suicídio em 1954. A direita é a mesma.
Só que Dilma não vai meter bala no coração. Não. Dilma disparou de volta, na testa de Aécio.
O rapaz mineiro (que fala em meritocracia, mas vive do que herdou da família) ficou atônito quando Dilma falou nos casos de corrupção do PSDB, e falou no episódio do aeroporto construído dentro da fazenda de um tio de Aécio. Falou também dos casos de nepotismo (Aécio empregou meia dúzia de parentes no governo de Minas).
O rapaz perdeu o rebolado.
Se Aécio fosse um monge budista, ainda assim esse discurso moralista de que “todo o problema do Brasil é a corrupção” não faria sentido (e a desigualdade? e o racismo? e a violência policial? e o poder do sistema financeiro? e o poder da Globo? Nada disso importa, né…).
Mas pior: Aécio não tem moral pra falar em corrupção. Nem em bons costumes. Ele é o típico falso moralista – acusado até de bater na mulher (leia aqui o artigo de Juca Kfouri sobre o caso, que Aécio jamais contestou).
Verdade que o “Mar de Lama”  de Aécio foi parar na capa do “Estadão”.  O combalido diário paulistano vibrou: a Família Mesquita (dona do jornal, apesar de endividada) deve ter achado que voltaram os bons tempos: uma manchete com cheiro de anos 50 - lembrou-me @pedrozm / Pedro Malavolta via twitter (a mensagem dele foi a inspiração para esse texto – clique aqui para ver detalhes).
Com seu “Mar de Lama”, Aécio cheira (ôps) a naftalina. É o passado que volta à cena, com um terno bonitinho e sotaque mineiro.
E o passado precisa ser derrotado de vez.
Dilma, como venho dizendo desde 2010, significa o (re) encontro do PT com o varguismo. Dilma traz a herança  brizolista, trabalhista, foi do velho PDT. Ela se formou nessa tradição.
Se Dilma ganhar (e tem toda as condições pra isso, numa batalha que será duríssima), será a vitória de Vargas contra Lacerda. Só que dessa vez o tiro será disparado contra o outro lado.
Um tiro no lacerdismo rastaquera de Aécio, com seus aeroportos feitos em fazendas da família, com seus parentes no governo, com sua irmãzinha que tenta calar a imprensa.
Lacerda ainda tinha estilo. Aécio só tem a Globo, a Veja e seus lacerdinhas amestrados.
por Rodrigo Vianna, o Escrevinhador

http://linkis.com/revistaforum.com.br/gpAw4


terça-feira, 14 de outubro de 2014

"Pra tirar o PT"



"Para tirar esse PT corrupto do poder, vou votar num candidato investigado pelo desvio de R$ 4,3 bilhões da área da saúde em seu estado. Para tirar esse PT corrupto do poder, vou votar num candidato que construiu cinco aeroportos com dinheiro público no entorno de suas fazendas. Para tirar esse PT corrupto do poder, vou votar num candidato que contratou 98 mil servidores públicos sem concurso e de maneira ilegal. Para tirar esse PT corrupto do poder, vou votar num candidato que baixou o piso salarial de professores e médicos durante sua administração. Para tirar esse PT corrupto do poder, vou votar num candidato que dobrou a dívida de seu estado. Para tirar esse PT corrupto do poder, vou votar num candidato que, como senador, apresentou menos projetos que o Tiririca. Para tirar esse PT corrupto do poder, vou votar num candidato que torrou 600 mil reais do Senado em passagens de avião para o Rio de Janeiro e não para seu estado natal. Para tirar esse PT corrupto do poder, vou votar num candidato que teve seu nome envolvido em um escândalo envolvendo um helicóptero e meia tonelada de cocaína. Para tirar esse PT corrupto do poder, vou votar num candidato que barrou 70 CPIs. Para tirar esse PT corrupto do poder, vou votar num candidato que tentou censurar até o Google. Para tirar esse PT corrupto do poder, vou votar num candidato cujo partido quebrou o país três vezes, vendeu nossas estatais a preço de banana e, em São Paulo, está atolado num escândalo de cartel do metrô e ingerência da Sabesp. Para tirar esse PT corrupto do poder, vou votar num candidato cuja única proposta memorável é preservar o Bolsa Família e que pretende colocar como ministro um caboclo que acha o salário mínimo "muito alto"

Maristela Rodrigues em seu Facebook

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Detentores de Necessidades Especiais estão com Dilma!


A candidata Marina Silva deveria chorar por motivos mais nobres do que o de não ter sido a escolhida de Lula.
A candidata Marina Silva deveria ter chorado de arrependimento por ter votado CONTRA as pesquisas com células tronco apenas para satisfazer o seu egoísmo religioso !!!

Dilma superou a violência da elite paulista na abertura da Copa do Mundo.
Dilma superou a prisão e as torturas da ditadura militar e assassina.
Dilma superou os ataques diários e ininterruptos da mídia empresarial e golpista.
Dilma superou um câncer !!!
NÃO CHOROU POR NADA DISSO…
Mas chorou pelas VÍTIMAS do messianismo intolerante e mesquinho de Marina Silva !!!

AQUI ESTÁ O MOTIVO MAIOR PORQUE NÓS, OS DETENTORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS, ESTAMOS TODOS COM ELA:





Do PTrem das Treze
http://ptremdastreze.wordpress.com/

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Razão


Fui com um amigo ao centro, ele ia passar uns dias no sertão e estava providenciando os equipamentos que faltavam para a viagem. Entramos numa loja e ele começou a examinar uns facões, daqueles com lâmina de uns cinquenta centímetros.

Ele me mostrou a faca, segurando com as duas mãos, e brincou:

— Isso aqui se chama razão.

Continuamos com a piada imaginando mais algumas falas:

— Sim senhor, vejo que o senhor está com a razão.

— Quem está com a razão aqui sou eu.

— Lá tá cheio de jagunço, é bom sempre estar com a razão.

Em terra sem lei, uma disputa tende a ser resolvida pela força. Ostentar a superioridade física pode até mesmo tornar desnecessário que se chegue às vias de fato. O nome dessa estratégia é intimidação.

Na disputa diária dos motoristas pelo espaço limitado nas ruas, a necessidade de estar sempre com a razão explica a proliferação daqueles automóveis muito grandes, verdadeiras armas urbanas.

Explica também os adesivos de artes marciais e de técnicas de briga que os meninões colam em seus carros.

E quando um ciclista tenta ocupar seu espaço nas vias de uma cidade, muitas vezes encontra uma resistência agressiva e acaba cedendo, pois os motoristas geralmente estão com a razão.

Do Blog "VENTO NA CARA"

https://ventonacara.wordpress.com/2014/07/30/razao/

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

PSOL, O TENOR DA ÓPERA BUFA DA NÃO POLÍTICA



O debate de ontem na CNBB foi emblemático. Um festival de horrores onde Dilma Rousseff destoou com sua forma cartesiana de expor as questões que envolvem a vida dos brasileiros. O resto, como diz o dito popular, se colocar uma lona vira circo e se cercar vira hospício.

A pior pra mim foi Luciana Genro!

Pior porque a gravidade de seu debate despolitizado é uma variante histriônica de uma colegial tardia com uma superintendente da ética, como é o próprio PSOL que se diz à esquerda do PT.

Luciana é a cara do PSOL, um partido que expõe contradições gritantes desde seu nascedouro até os dias atuais. A própria Luciana falou ontem da alta carga tributária que pesa nos ombros dos mais pobres, dizendo, e com razão, que acaba os pobres pagando praticamente sozinhos os impostos no Brasil. O que ela não disse é que o PSOL, junto com o PSDB e o DEM, deu como cortesia, aos mais ricos o fim da CPMF, um imposto que os pobres não pagavam nem um centavo e do qual eram injetados na saúde bilhões todos os anos para atender sobretudo os pobres. Mas não é só isso, o fim da CPMF devolveu aos endinheirados o sigilo bancário onde é facilitada a sua forma de sonegação. E por que fez isso? Para se vingar do PT, ou seja, derrotaram os pobres e acham que derrotaram o PT.

Ao mesmo tempo, assim como fez o PSOL nos seus 10 anos de existência, Luciana Genro se alia à banda pobre do STF como Mendes, Barbosa, Fux e cia, para vocalizar a moral udenista da mídia com a farsa do "mensalão."

O que Luciana não disse com sua régua moral é que até hoje o PSOL não liquidou suas pendengas internas de caixa 2 tendo como protagonista a deputada Janira Rocha.

No debate da CNT, Luciana, perguntada sobre o caixa-2 de Janira Rocha, disse cinicamente, a la Marina, que não tinha conhecimento do fato.

Eu poderia citar também a covardia de Chico Alencar (Psol) que, para não correr o risco de perder o pensionato de deputado federal, não disputa, por exemplo, com Garotinho, também deputado, a eleição para governador do Rio. Prefere colocar na parede de seu gabinete um quadrinho de "melhor deputado do Brasil" e, assim se transformar em um postulante automático de eterno deputado federal. Lembrando também que, quando Tarcisio Mota (Psol) diz que, fora ele, os outros quatro candidatos ao governo do Rio são farinha do mesmo saco, ele deveria se incluir como o quinto, pois quando o PT-RJ se coligou com Garotinho durante os oito anos de seu governo e de Rosinha, todos os que hoje estão no Psol estavam à época no PT e lá permaneceram, saindo somente uma década depois, por perderem espaço em disputas internas.

O próprio Randolfe Rodrigues, que era originalmente o candidato escolhido do PSOL para a disputa presidencial, correu da raia em plena disputa e anunciou ontem mesmo que pretende se unir à Marina na coligação Rede/PSB.

Por tudo isso, mas uma militância de "intelectuais" tão ou mais fisiologista que seus políticos, eu acho que o que se viu ontem no debate da CNBB, foi o PSOL representar um coquetel de baixaria, moralismo lacerdista, despolitização encarnado por Aécio, Marina, Pastor Everaldo, Eduardo Jorge, Fidelix, Luciana Genro e Eymael.

Isso me dá um motivo a mais para ir às ruas defender o governo e a reeleição de Dilma Rousseff, do PT.


por Carlos Henrique Machado Freitas em seu Facebook

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Democracia sim. Participação da sociedade não! Eis a lógica da elite.



Por Cristiano Bodart



O jornal Estado de São Paulo publicou um texto sem autoria identificável lançando ao vento aberrações típicas de uma elite que pouco se importa com maior parte do brasileiros. Me refiro ao texto “Mudança de regime por decreto”(ver aqui).


O texto afirma que a presidenta quer mudar o regime. Igualmente afirma que ela não deixou para o parlamento a decisão se devemos ou não ampliar a participação social na esfera federal, sobretudo de movimentos sociais. Afirma que a presidenta quer dar um golpe ao buscar via decreto ações de reforma política. Todas essas afirmativas me parecem ser verdadeiras. Que bom! Ruins são os interesses por trás dos que criticam tal ação.


Tenho muitas críticas a presidenta e a seu partido político, mas sua atuação nesse caso é de retirar de mim palmas. Palmas por se tratar de mudanças, ainda que pequenas, que maximizam a Democracia. O autor do texto, em síntese, defende uma coisa: A democracia representativa (exercida apenas pelo voto). Tal regime, em realidades como a brasileira, só beneficia a elite que possui condições financeiras de influenciar as decisões sem perder muito tempo com reuniões participativas e deliberativas com o povo. Deixar as decisões para o Parlamento é um caminho mais seguros para os lobbystas.
O incômodo que tal decreto (ver aqui o decreto) causa à elite está, basicamente, em dois pontos centrais:


1. No sistema puramente representativo a elite é beneficiada. Em um regime onde o financiamento de campanha é a base do sistema eleitoral, a representação da elite estará sempre garantida junto ao Parlamento. Mudar isso, pode vir a ser danoso aos seus interesses;
2. Participação direta e movimentos sociais “é coisa de pobre e classe média baixa desfavorecida”. A elite quer continuar participando das decisões políticas via lobbypolítico. Ampliar a participação direta significaria ter que deixar as atividades da vida individualista para participar das questões coletivas e isso seria, na concepção de quem está em situação confortável, perder tempo e dinheiro.


Manter uma democracia sem a efetiva participação do povo é o que defendem os grupos [econômicos] de interesses que governam nosso país há anos. Aprofundar a democracia via maior participação é possibilitar a sociedade ter voz e aprender a ser mais politizada... o que não interessa a alguns, não é mesmo? Para que mudar o status quo, não é? Dizem defender a democracia, mas sem a participação do povo [se é que isso seja possível]. Pior que temos desfavorecidos concordando com tais aberrações. Esses são perdoáveis, porque não sabem o que fazem [a si mesmo].


do Blog "Café com Sociologia"
http://www.cafecomsociologia.com/2014/06/democracia-sim-participacao-da.html

domingo, 31 de agosto de 2014

Marina Silva, a candidata da bolsa de valores




Luciano Martins Costa, via Observatório da Imprensa

Na terça-feira, dia 26/8, enquanto os cidadãos comuns esperavam a divulgação oficial da mais recente pesquisa de intenção de voto do Ibope, operadores do mercado financeiro faziam dinheiro e integrantes dos comitês de campanha corriam para fazer ajustes no ensaio para o primeiro debate na tevê dos candidatos à Presidência da República.

A imprensa registra que as especulações sobre uma mudança drástica no cenário eleitoral fizeram a bolsa de valores fechar o pregão de segunda-feira perto dos 60 mil pontos, o nível mais alto desde 2013. O motor do mercado de ações foi novamente a Petrobras, cujos papéis tiveram uma valorização de 5%, por conta do boato de que a candidata do PSB, Marina Silva, apareceria em segundo lugar na pesquisa, o que aumentaria as chances de haver um segundo turno.

Como os investidores acreditam piamente que a empresa nacional de petróleo vai produzir mais lucro com um governo amigo daqueles que vivem de renda, a possibilidade de uma derrota da atual presidente anima o pregão. Então, o leitor crítico, que costuma olhar o prazo de validade de tudo que compra, se pergunta: “Mas não é Marina Silva que está crescendo? E ela não seria mais indigesta para os defensores do livre mercado, ao contrário de Aécio Neves?”

Pois então: o mercado está convencido de que uma eventual presidente Marina Silva não seria a mesma Marina Silva que construiu sua carreira no movimento ambientalista e que, isolada num partido que é o contrário de suas pregações, seria facilmente engolida pelo sistema que pretende transformar. Essa avaliação vem sendo divulgada intensamente por corretoras e até gerentes de bancos, com base em declarações da economista-chefe da consultoria Rosenberg Associados, Thaís Zara (ver aqui).

Para o mercado, segundo essa análise, Aécio e Marina são igualmente confiáveis. A presença na chapa do PSB do deputado gaúcho Beto Albuquerque, como candidato a vice-presidente, é vista como uma garantia de que Marina não apenas será domesticada pelo mercado, como ficará mais vulnerável à ação do lobby de empresas que atualmente abomina, como as gigantes do setor de agrotóxicos e a indústria de cigarros.

Dormindo com o inimigo

Beto Albuquerque não é apenas simpatizante desses setores: sua carreira tem sido financiada por produtores de fumo e pela Monsanto, multinacional que é o avesso de tudo que Marina Silva representa. Além disso, ele é um dos articuladores de projetos que pretendem transferir para o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas dos estados a prerrogativa de delimitar as terras indígenas, assunto que interessa ao agronegócio mais predador.

Com seu feroz pragmatismo, o mercado considera que a candidata não tem força política – nem saúde – para enfrentar um embate com essas potências. Por outro lado, o leitor e a leitora que não compram gato por lebre devem ficar curiosos com o fato de o candidato do PSDB, Aécio Neves, não parecer nem um pouco preocupado com o tsunami de votos que Marina Silva está levantando. Para o candidato do PSDB, Marina é uma onda que passa “em 15 ou 20 dias”, e suas propostas não resistem às contradições que assume ao herdar a candidatura de Eduardo Campos.

Análises disponíveis sobre o eleitorado de Marina Silva, baseadas em dados da pesquisa Datafolha feita dois dias depois da morte do ex-governador de Pernambuco, dão conta de que ela capitalizou o desejo de mudança que se manifestava desde os protestos iniciados em junho do ano passado. Assim, ela seria a escolha dos mais jovens e daqueles que, descontentes com o atual governo, também descartam a polarização com o PSDB.

Marina tem um problema: se acena para o mercado, desagrada os eleitores; se reafirma seus princípios, espanta o mercado e perde apoio na imprensa.

A pesquisa Ibope que será divulgada na tarde de terça-feira, dia 26/8, registra o pico da “onda” Marina. O debate na TV Bandeirantes, que se realiza em seguida, vai refletir esse quadro.

O problema, para Aécio Neves, será administrar o dano que o crescimento da ex-ministra vai causar em seus indicadores neste primeiro movimento. Para a presidente Dilma Rousseff, trata-se de ficar onde está e esperar o refluxo das águas.

A campanha para valer começa exatamente nesse ponto.

Do Limpinho e Cheiroso

http://limpinhoecheiroso.com/2014/08/31/luciano-martins-costa-marina-silva-a-candidata-da-bolsa-de-valores/

Ciro Gomes: Mensalão e Mídia




terça-feira, 26 de agosto de 2014

Eduardo Guimarães: Inflar Marina foi o maior tiro no pé que a mídia já deu

 Entre selfies, caras e bocas, Marina não conseguiu conter seu abatimento com a morte de E. Campos


Em algumas horas, sairá a primeira pesquisa sobre a sucessão presidencial posterior ao auge da comoção provocada por um espetáculo sórdido que apelidaram de “velório de Eduardo Campos”. Devido ao considerável volume de pesquisas privadas que têm sido feitas, já dá para arriscar uma previsão sobre como está a corrida pela Presidência da República.

A pesquisa Ibope que está para ser divulgada deve mostrar o seguinte quadro: Aécio despencando com força, Dilma melhorando um pouco (mais provavelmente em aprovação pessoal e de seu governo, mas pouco ou nada em intenções de voto) e Marina disparando e ultrapassando o tucano.

Nenhuma surpresa, até aqui. Na segunda-feira da semana passada (18/8), este blog já avisava que Marina é problema de Aécio, não de Dilma. Pelo menos no primeiro turno. No segundo, a conversa é outra. Inclusive porque pode não haver segundo turno.

Devido à contaminação pelos desejos dos que encomendaram as tais “pesquisas privadas” citadas no primeiro parágrafo, há que ter cuidado. Contudo, alguns afirmam que Aécio caiu tanto que, mesmo com a forte subida de Marina, a soma dos votos dos adversários de Dilma pode ser insuficiente para levar a eleição para o segundo turno.

Esse quadro, ao menos em pesquisas Ibope, Datafolha ou Sensus (instituto que, nesta eleição, trabalha para o PSDB), dificilmente será mostrado, caso exista. Em 2014, à diferença de 2010, Dilma não conta com nenhuma série de pesquisas de um instituto isento – os que vêm apurando o cenário são ligados à mídia tucana. Mas a possibilidade existe…

Seja como for, o imenso prejuízo que a candidatura de Marina causou a Aécio já é, praticamente, uma certeza. Poucos acreditam que o Ibope deixará de mostrá-lo sendo fortemente ultrapassado por ela.

Claro que Marina representa ameaça a Dilma em um eventual segundo turno. A mesma pesquisa prestes a ser divulgada pode/deve mostrar que, se houver uma segunda eleição, a “socialista” venceria a petista, ainda que por margem igual ou ligeiramente superior ao limite da margem de erro. Mas, detalhe: só se a eleição fosse hoje. E não é.

O problema de Marina é que a eleição só ocorrerá daqui a mais de um mês, tempo suficiente para ela ser submetida à máquina tucana na mídia. Aliás, segundo vários analistas essa máquina já começará a ser posta em funcionamento na próxima quarta-feira, quando ela for submetida ao interrogatório do Jornal Nacional.

Devido a esse suposto naufrágio da candidatura de Aécio, William Bonner e Patrícia Poeta podem/devem partir com tudo para cima de Marina brandindo o caso do avião que caiu com Eduardo Campos, por suspeita de a aeronave ser produto de caixa 2.

Aécio e Dilma não devem partir já para cima de Marina. Dilma porque ela não é sua adversária no momento e Aécio porque confia na mídia para fazer o serviço por ele. Desse modo, já no fim de semana a mídia tucana começou a bombardear Marina. E não vai parar enquanto ela não cair ou não ficar claro que Aécio não tem mais chances de ir ao segundo turno, se houver segundo turno.

De uma coisa, porém, já se pode ter certeza: a mídia, ao inflar Marina como inflou logo após a morte de Campos, deu um tiro de canhão no próprio pé. Acreditou firmemente que, por ser tida como “de esquerda”, tiraria votos de Dilma. Foi um erro crasso. Que esquerdista vota numa candidata que tem o segundo maior banco do país por trás de si?

Mais: veja, leitor, quem são os “honoráveis empresários” que cederam um avião a jato a ela e a Campos. Tutti buona gente. Fizeram com os dois um acordo nebuloso para lhes emprestar (?) ferramenta imprescindível numa campanha nacional: um jatinho.

Marina, de esquerda? Então tá.

Mas, como já se disse aqui, Marina, neste momento, é problema de Aécio. E, por ser problema de Aécio, ela é, também, problema da mídia tucana – Globo, Folha, Veja e Estadão, a priori. E, sendo problema da mídia tucana, quanto mais passar o tempo, mais ela deve ser atacada. A menos que Aécio caia muito. Nesse caso, pode ocorrer outro fenômeno. Muito mais divertido.

Marina é uma aposta de extremo risco. Seu governo pode vir a ser qualquer coisa. Pode ser tomado pelo PSDB, mas muitos acham que o PT poderia adquirir hegemonia.

PMDB? Claro que sim, mas não será suficiente. Um governo do PT ou do PSDB terá uma forte base parlamentar própria. Sobretudo se Dilma vencer. O PT deve sair dessa eleição com cerca de uma centena de deputados. O PSDB, com metade disso. Seja como for, para montar uma base de apoio sólida Marina teria que negociar tudo e com quem pagar mais.

Um desastre para o Brasil.

Imagine se Marina vence e cumpre a promessa de governar com PT e PSDB. Seria um governo em guerra permanente.

Por outro lado, as manias de Marina. Apesar de ter a dona virtual do Itaú coordenando sua campanha, apesar de estar andando com um cabeça de planilha (Eduardo Gianneti) a tiracolo, parte do mercado – e não é só o agronegócio – teme suas conhecidas esquisitices. Afinal, uma candidata que vem lutando contra a construção de hidrelétricas não chega a ser o ideal para o mundo capitalista…

Tudo isso que você acaba de ler foi escrito para demonstrar que Marina é muito menos confiável e desejável/aceitável para o capital do que Aécio. Porém, ela pode vencer. Eis que, entre ela e Dilma, o mercado pode tender a ficar com a segunda, que seria considerada o “mal menor” na falta do tucano.

A mídia pensou que, inflando Marina, ela ganharia alguns pontinhos nas pesquisas, mas não mais do que o suficiente para provocar um segundo turno entre Aécio e Dilma. Não a levou a sério. Não imaginou que cresceria tanto. E, o que é mais, de jeito nenhum imaginou que Aécio seria o maior prejudicado.

Um petista que sabe das coisas disse ao Blog que a mídia tucana não conhece o eleitorado brasileiro. Conhece-o tão pouco quanto o próprio PSDB. A campanha nauseante de “santificação” que Globos, Folhas, Vejas e Estadões fizeram para Marina comprova essa tese. Agora, a mesma mídia terá que desconstruí-la para Aécio. Haverá tempo?

Texto e foto do Blog da Cidadania 

http://www.blogdacidadania.com.br/2014/08/inflar-marina-foi-o-maior-tiro-no-pe-que-a-midia-ja-deu/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=facebook

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

BILHETE ABERTO A DONA DILMA.




BILHETE ABERTO A DONA DILMA.


Cara Dona Dilma, 

A senhora não tem noção da pica que é ser seu eleitor e ser de classe média, É uma tarefa digna pra entrar para aquela lista dos doze trabalhos de Hércules. E cairia muito bem, afinal seria o 13° Trabalho e mais um 13 no nosso mapa de coincidências.

Vou até me retratar. A senhora na segunda-feira passada sentiu no couro o que é ser seu eleitor quando foi torturada pelo William Bonner e uma tal de Patricia Poeta. Ali, a senhora teve uma pequena amostra de por que nós, seus eleitores de classe média, passamos todos os dias.

Mas fique tranquila, Dona Dilma. Aquele espetáculo grotesco aparentemente não a abalou. Assim como nossos amigos coxinhas, que no subconsciente se acham da família real, também não nos abalam e ainda servem de apoio moral para continuarmos a tua, a minha, a nossa luta.

Sei que para desgosto dos meus amigos supracitados e dos seus inquisidores, após esse período atribulado, teremos a sua reeleição. Nós, por estarmos mais vulneráveis, sofreremos mais, porém, como não temos que nos submeter às "liturgias" do cargo, podemos apelar para algum "papo reto".

Para completar, espero que essa dolorosa batalha deixe na senhora as mesmas cicatrizes que ficam em nós: acho que não é pedir demais. Perdemos amizades, abalamos relações familiares... fora prejuízos pecuniários na nossa própria labuta. Portanto, não seria pedir demais um pouco de solidariedade.

Não sei os outros amigos meus mas, da minha parte, teria verdadeira ojeriza e um sentimento de ter me desgastado em vão depois de ouvir toda a sorte de impropérios , mentiras, falta de respeito e até terrorismo dessa emissora chamada Globo, a senhora vá fritar bolinhos de chuva com a Ana Maria Braga, como se nada tivesse acontecido.

Ao invés de Bolinhos de Chuva desejo do fundo do coração que a senhora mande àquela emissora sonegadora e bandida uma chuva de meteoritos, um furacão, um tsunami e na falta de nada mais criativo, promova uma devassa fiscal, um enquadramento e um corte substancial de verbas.

Atenciosamente",

*Rubem Rodriguez Gonzalez.

https://www.facebook.com/rubem.gonzalez

Ref. 725126460907209
Nº 08.0120.0122-2208/14

Vai de Marina? Veja com quem ela "anda"...




sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O piloto não errou. Mas Eduardo Campos...




A BALADA DE EDUARDO CAMPOS

Por um momento, desses que enchem os incautos de certezas, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, achou que era, enfim, o escolhido.


Beneficiário singular da boa vontade dos governos do PT, de quem se colocou, desde o governo Lula, como aliado preferencial, Campos transformou sua perspectiva de poder em desespero eleitoral, no fim do ano passado.

Estimulado pelos cães de guarda da mídia, decidiu que era hora de se apresentar como candidato a presidente da República – sem projeto, sem conteúdo e, agora se sabe, sem compostura política.

O velho Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos, faz bem em já não estar entre nós, porque, ainda estivesse, morreria de desgosto.

E não se trata sequer da questão ideológica, já que a travessia da esquerda para a direita é uma espécie de doença infantil entre certa categoria de políticos brasileiros, um sarampo do oportunismo nacional. Não é isso.

Ao descartar a aliança com o PT e vender a alma à oposição em troca de uma probabilidade distante – a de ser presidente da República –, Campos rifou não apenas sua credibilidade política, mas se mostrou, antes de tudo, um tolo.

Acreditou na mesma mídia que, até então, o tratava como um playboy mimado pelo “lulo-petismo”, essa expressão também infantilóide criada sob encomenda nas redações da imprensa brasileira.

Em meio ao entusiasmo, Campos foi levado a colocar dentro de seu ninho pernambucano o ovo da serpente chamado Marina Silva, este fenômeno da política nacional que, curiosamente, despreza a política fazendo o que de pior se faz em política: praticando o adesismo puro e simples.

Vaidosa e certa, como Campos, de que é a escolhida, Marina virou uma pedra no sapato do governador de Pernambuco, do PSB e da triste mídia reacionária que em torno da dupla pensou em montar uma cidadela.

Como até os tubarões de Boa Viagem sabem que o objetivo de Marina é se viabilizar como cabeça da chapa presidencial pretendia pelo PSB, é bem capaz que o governador esteja pensando com frequência na enrascada em que se meteu.

Eduardo Campos é o resultado de uma série de medidas que incluem a disposição de Lula em levar para Pernambuco a Refinaria Abreu e Lima, em parceria com a Venezuela, depois de uma luta de mais de 50 anos. Sem falar nas obras da transposição do Rio São Francisco e a Transnordestina. Ou do Estaleiro Atlântico Sul, fonte de empregos e prestígio que Campos usou tão bem em suas estratégias eleitorais

Pernambuco recebeu 30 bilhões de reais do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, do qual a presidenta Dilma Rousseff foi a principal idealizadora e gestora.

O estado também ganhou sete escolas técnicas federais, além de cinco campi da Universidade Federal Rural construídos para melhorar a vida do estudante do interior.

Eduardo Campos cresceu, politicamente, graças à expansão de programas como Projovem, Samu, Bolsa Família, Luz para Todos, Enem, ProUni e Sisu. Sem falar no Pronasci, que contribuiu para a diminuição da criminalidade no estado, por muito tempo um dos mais violentos do País.

Campos poderia ser grato a tudo isso e, mais à frente, com maturidade e honestidade política, tornar-se o sucessor de um projeto político voltado para o coletivo, e não para o próprio umbigo.

Arrisca-se, agora, a ser lembrado por ter mantido entre seus quadros um secretário de Segurança Pública, Wilson Damázio, que defendeu estupradores com o argumento de que as meninas pobres do Recife, obrigadas a fazer sexo oral com marginais da Polícia Militar, assim agiam por não resistirem ao charme da farda.

“Quem conhece Damázio, sabe que ele não tem esses valores”, lamentou Eduardo Campos.

Quem achava que conhecia o governador do PSB, ao que tudo indica, ainda vai ter muito o que lamentar.

do Partido dos Trabalhadores


domingo, 20 de julho de 2014

Malaysian Airlines: um 'atentado' suspeito demais.



Tentativa de culpar Rússia sem evidências sugere o pior: isolados e em declínio, EUA tentariam manter supremacia por meio de provocação e guerra permanentes - por Paul Craig Roberts*


Na tentativa de isolar a Rússia, ao acusar o país de comandar a derrubada do avião da Malaysian Airlines que transportava cerca de 300 pessoas, o habitante da Casa Branca isolou Washington.


A Câmara de Comércio dos EUA e a Associação Nacional da Indústria [no original, National Association of Manufacturers] fizeram publicar anúncios e emitiram opiniões nas páginas do New York Times, Wall Street Journal e Washington Post protestando contra as sanções inventadas pelos EUA.


A Associação Nacional de Fabricantes disse que “estamos desapontados com os EUA, por ampliarem sanções unilaterais de modo que muito prejudica a posição comercial norte-americana no mundo.” A Agência Bloomberg noticia que “reunidos em Bruxelas, líderes da União Europeia recusaram-se a acompanhar as medidas impostas pelos EUA.”


As sanções não terão efeito sobre empresas russas. As empresas russas podem obter mais financiamentos do que carecem, de bancos chineses, franceses e alemães.


Os três traços que definem a cidade de Washington – arrogância, soberba e corrupção –, também emburrecem a capital norte-americana e a fazem incapaz de aprender. Gente arrogante, tomada de soberba, nunca aprende. Quando encontram resistência, respondem com propinas, ameaças e coerção. A diplomacia exige capacidade razoável para aprender com os erros — os próprios e os dos outros; mas já há anos Washington esqueceu a diplomacia. Washington só conhece a força bruta.


Consequentemente, os EUA, com as sanções, só são capazes de solapar o próprio poder e a própria influência. As sanções só têm estimulado os países a se afastarem do sistema de pagamentos em dólares, que é o fundamento do poder norte-americano.


Christian Noyer, presidente do Banco da França e membro do Conselho de Administração do Banco Central Europeu, disse que as sanções de Washington estão afastando as empresas e os países do sistema de pagamentos em dólares. A soma gigantesca de dinheiro que os EUA assaltaram, sob a forma de “multa” aplicada ao banco francês BNP Paribas, por manter transações com países que os EUA “desaprovam”, mostra bem claramente os graves riscos que ameaçam todos os que ainda insistam em negociar em dólares, quando os EUA ditam as regras que bem entendam.


O ataque dos EUA contra o banco francês serviu para que muitos recordassem as numerosas sanções passadas e se pusessem em alerta contra sanções futuras, como as que ameaçam o banco Commerzbank da Alemanha. Já é inevitável um movimento para diversificar as moedas usadas no comércio internacional. Como Noyer destacou, o comércio entre a Europa e a China não precisa do dólar e pode ser integralmente pago em euros ou renminbi (moeda da República Popular da China).


O fato de os EUA imporem regras só deles a todas as transações denominadas em dólares, em todo o mundo, está acelerando o movimento de países que se afastam do sistema de pagamento na moeda norte-americana. Alguns países já criaram acordos bilaterais com seus parceiros comerciais, para que os pagamentos se façam nas respectivas moedas próprias.


Os países BRICS já estão estabelecendo novos métodos de pagamento, independentes do dólar, e estão criando seu próprio fundo monetário, para financiar seus negócios.


O valor do dólar dos EUA como moeda de troca depende de seu papel no sistema internacional de pagamentos. Se esse papel vai desaparecendo, também começa a sumir a demanda por dólar e o valor de troca do dólar. A inflação entrará na economia dos EUA via preços de importações, e os norte-americanos, já tão pressionados, verão cair ainda mais os seus padrões de vida.


No século 21, a cada dia menos gente confia nos EUA. As mentiras de Washington, como “armas de destruição em massa” no Iraque (que nunca existiram); “armas químicas usadas por Assad” (que jamais as usou); e “armas atômicas do Irã” (que absolutamente não existem) já são tratadas como absolutas mentiras por outros governos. São mentiras e mais mentiras, que os EUA usam para destruir países e ameaçar outros países com destruição, para manter o mundo em eterno sobressalto.


Washington nada tem a oferecer ao mundo, que consiga acalmar o sobressalto e a aflição que os EUA distribuem pelo planeta. Ser nação amiga de Washington implica aceitar todas as suas chantagens. E muitos já começam a concluir que a amizade de não compensa o preço altíssimo que custa.


O escândalo da espionagem universal pela Agência de Segurança Nacional dos EUA contra o mundo, e a recusa dos EUA a se desculparem e desistirem da prática reiterada daqueles atos aprofundaram ainda mais a desconfiança, que já se vê hoje até entre os próprios aliados dos EUA. Pesquisas, em todo o planeta, mostram que outros países veem os EUA como a maior ameaça à paz.


Nem o próprio povo norte-americano confia no governo dos EUA. Pesquisas mostram que ampla maioria de norte-americanos entendem que os políticos, a imprensa empresarial prostituída [a expressão usada no texto orinal é presstitute media] e grupos de interesses privados, como Wall Street e o complexo militar/de segurança, violentam todo o sistema para servir seus próprios interesses, às custas do povo dos EUA.


O império de Washington está começando a rachar, circunstância que provoca ação desesperada. Hoje, (17, quinta-feira), ouvi notícias na National Public Radio sobre um avião de passageiros malaio que caiu em território da Ucrânia. A notícia era verdadeira. Mas foi apresentada em tom de fazer crer que teria havido alguma espécie de complô urdido pela Rússia e “separatistas” ucranianos. Na BBC, mais e mais opiniões enviesadas, cada vez mais enviesadas. Até que matéria sobre as “mídias sociais” “noticiava” que o avião teria sido derrubado por um sistema russo de armas antiaéreas.


Nenhum dos “especialistas” ouvidos sequer se preocupava com o que os “separatistas” teriam a ganhar com derrubar um avião de passageiros. Nada disso. Todos já haviam decidido que a Rússia “é culpada”, o que “evidentemente” “obriga(ria)” a União Europeia a apoiar sanções ainda mais duras contra a Moscou. A BBC acompanhava o script dos EUA e “noticiava” o que Washington queria ver nas manchetes!


A operação tem, isso sim, todos os indícios de ter sido concebida em Washington. Todos os promotores oficiais de guerras rapidamente apareceram em todos os canais de televisão e em todas as manchetes. O vice-presidente dos EUA Joe Biden declarou que “a aeronave foi explodida em voo”. Que “não foi acidente”.


Ora! Por que alguém teria tanta certeza, antes de qualquer confirmação oficial? Visivelmente, Biden não procurava culpar o governo ucraniano. Claro que quem abateu a aeronave em “pleno voo” foi… a Rússia! É o modo como Washington opera: grita “culpado!” tantas e tantas vezes, até que já ninguém se lembre de exigir provas.


O senador John McCain pôs-se imediatamente a “declarar” que havia cidadãos norte-americanos no avião, o que bastava para ele “exigir” ações punitivas contra a Rússia (tudo isso antes de alguém conhecer a lista de passageiros do avião e as causas da queda).


As “investigações” estão sendo feitas pelo regime de Kiev, fantoche de Washington. Acho que já se poderia escrever a conclusão hoje, sem investigar coisa alguma.


É alta a probabilidade de que apareçam provas fabricadas, como as provas fabricadas que o secretário de Estado Colin Powell dos EUA apresentou à ONU, para “provar” a existência das inexistentes “armas de destruição em massa” iraquianas. Washington safa-se há tanto tempo, com tantas mentiras, golpes, encenações e crimes, que já se convenceu de que se safará sempre.


No momento em que escrevo, não há ainda informação confiável sobre o avião, mas a velha pergunta dos romanos vale sempre: cui bono? Quem se beneficia?


Os “separatistas” nada têm a ganhar com derrubar um avião de passageiros, mas Washington, sim, tinha “bom” motivo: culpar a Rússia. E bem poderia ter também um segundo motivo. Dentre os muitos rumores, há um rumor que diz que o avião presidencial do presidente Vladimir Putin voava rota semelhante à do avião malaio, com diferença de 37 minutos entre um e outro avião. Esse rumor disparou especulações de que Washington teria decidido livrar-se de Putin, mas errou o alvo: tomou o avião malaio pelo jato presidencial russo. O site Russia Today (RT) noticia que os dois aviões teriam aparência semelhante.


Antes de começarem a “explicar” que Washington seria sofisticada demais para ‘errar’ de avião, lembro que quando os EUA derrubaram avião iraniano no espaço aéreo do Irã, a Marinha dos EUA “explicou” que “pensara” que os 290 civis assassinados naquele atentado estivessem num jato iraniano, um F-14 Tomcat, jato de combate fabricado pelos EUA, e muito usado também pela Marinha dos EUA.


Ora! Se a Marinha norte-americana não consegue distinguir nem entre um jato de combate que usa todos os dias, e um avião de passageiros iraniano… é claro que os EUA podem se atrapalhar e confundir dois aviões de passageiros que, como diz RT são, sim, até que “parecidos”.


Durante toda a matéria da BBC, publicada para inventar a culpa da Rússia, nenhum “especialista” lembrou-se do avião iraniano de passageiros que os EUA “abateram em pleno voo”. Ninguém “exigiu” sanções contra os EUA.


Seja qual for o desfecho do incidente com o avião malaio, os fatos indicam um perigo na política soft de Putin contra a intervenção armada e violentíssima dos EUA na Ucrânia. A decisão de Putin, de responder com diplomacia, não com recursos militares, às provocações de Washington na Ucrânia, deu vantagem inicial ao governante russo – como se comprova na reação da UE e de associações de empresários norte-americanos contra as sanções de Obama.


Contudo, ao não impor fim imediato, por meios militares, ao conflito que Washington patrocina e comanda na Ucrânia, Putin deixou a porta aberta para os crimes e complôs que Washington está maquinando — e que são especialidade dos EUA.


Se Putin tivesse aceitado o pedido dos antigos territórios russos do leste e sul da Ucrânia, para se reincorporarem à Rússia, o imbróglio ucraniano teria acabado já há meses; e a Rússia não estaria exposta a tantos riscos.


Putin não colheu o benefício de ter-se recusado a enviar soldados para os antigos territórios russos: a posição oficial” de Washington é que há soldados russos operando na Ucrânia. Quando os fatos não ajudam a “confirmar” o que mais interessa à agenda de Washington, “dá-se um jeitinho” nos fatos.


A imprensa empresarial norte-americana culpa Putin; já decidiram que o presidente russo é autor de toda a violência na Ucrânia. É coisa inventada na cabeça de Washington, mas “virou fato” nos jornais e televisões: é o que basta como justificativa para qualquer sanção.


Dado que não há prática ou ato, por sujos que sejam, que Washington não abrace, Putin e a Rússia estão expostos a alto risco de se tornarem vítima de atentados graves ou dos golpes mais abjetos.


A Rússia parece hipnotizada pelo Ocidente, sob forte motivação para ser incluída como parte. Esse anseio por ser aceita trabalha a favor da agenda e dos golpes de Washington.


A Rússia não precisa do Ocidente; a Europa, sim, precisa da Rússia. Opção interessante para a Rússia é cuidar de seus interesses e esperar que a Europa a procure, interessada.


O governo russo não deve esquecer que a atitude de Washington em relação à Rússia é modelada pela “Doutrina Wolfowitz”, que diz:


“Nosso primeiro objetivo é impedir a reemergência de um novo rival, seja no território da ex-União Soviética ou em qualquer ponto, que represente ameaça da ordem que exerceu, antes, a União Soviética. Essa é a consideração dominante que subjaz à nova estratégia regional de defesa, e exige que trabalhemos para impedir que qualquer potência se imponha, numa região cujos recursos, sob controle consolidado, bastarão para gerar poder global.”




*Paul Craigs Robert foi secretário assistente do Tesouro dos EUA e editor associado do Wall Street Journal. Seu último livro é "Como os Estados Unidos se perderam".